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domingo, 30 de outubro de 2011

Sussurar de uma noite

Que silêncio é esse que a porta bate?
Calaram-se os poetas
E as dúvidas afagaram os maestros
Viveu-se em pranto tal monotonia
Arvores entrelaçam suas raízes ao chão
E pássaros cantam tão tristes
Quê houve para o dia nascer assim?

Aquela madrugada silenciosa foi extinta
E os passos da minha memória aquietaram-se
Nem os tais vultos que compartilham luares ali estavam
Sobre a luz da porta nada se movia
A vista era turva
Vivia um mar negro e sussurrante
Quem foi que deixou a noite dessa forma?

Atreveu-se então o sol
E eis que escuridão se fez luz
Percebi que toda névoa que ocultava objetos
Era apenas ilusório
Pois meus olhos estavam selados
E pouco brilho tinha os sonhos
Quando era um sono para apenas descansar

Foi esse o meu pranto
Dormir sem os sonhos me fluírem
Calei-me na noite suspirosa
E vivi as ondas do leve mar
Acordei-me de tal insônia
E eis que em mim repousava algo
Um novo dia virá
Mas uma chance para um sonho

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